quinta-feira, 22 de setembro de 2016

A Feira da Luz

Ontem foi dia de visitar a Feira da Luz com a Mãe. 

É tradição. Todos os anos visito pelo menos duas vezes a Feira da Luz. Uma com os amigos, para uma volta no carrossel que tanto nos diverte e para uma fartura e, acima de tudo, para sabermos das vidas uns dos outros, para nos rirmos e celebrar mais um ano de amizade e cumplicidade entre todos. 

Outra visita é com a Mãe. Aí sim, os barros são vistos com atenção, os panos para a cozinha escrutinados até ao último bordado, as flores apreciadas e seleccionadas consoante as cores e os perfumes… as escolhas das colheres de pau, dos pratos e das tigelas que “nunca são demais!” demoram tempos eternos… no fim, uma fartura na “Família Gomes”, as preferidas da Mãe!
Do que mais gosto é das conversas a duas. Das memórias de outros tempos. Das espadas de plástico que o meu irmão sempre queria, dos carrinhos de choque, das voltas no carrossel. De quando a minha Mãe tinha que ligar ao meu Pai para nos ir buscar porque as compras eram muitas...

Gosto. Gosto muito das idas à Feira da Luz com a minha Mãe. E com os amigos também, claro está!


Para quem não conhece fica aqui um pouco da história da Feira e se quiserem podem ainda visitá-la até dia 25 de Setembro, no Jardim da Luz, em Carnide, Lisboa. 


“Ligada à tradicional romaria que se realizava anualmente, em setembro, no Santuário da Nossa Senhora da Luz, a feira era complemento das festividades religiosas que duravam vários dias, atraindo numerosos forasteiros da capital e arredores. Embora se possa considerar tão antiga como o próprio culto e remonte, certamente, à Idade Média, foi durante os séculos XVI e XVII que começou a adquirir maior projeção.
No início, a feira surgiu integrada nas festividades religiosas, com barracas de comes e bebes, vendedores de medalhas, registos de santos, rosários e objetos religiosos. Pouco a pouco, foi-se ampliando e surgiram os louceiros, vendedores de fruta, cesteiros e, por último, os negociantes de gado. Chegou a realizar-se uma feira de gado, quinzenalmente, no segundo domingo de cada mês, mas a feira anual era o grande atrativo para os negociantes de cavalos e de gado vacum. Em 1881, por regulamento camarário (na altura, Câmara de Belém), a feira passou de três para cinco dias com o mercado de gado de 8 a 11 de setembro e os restantes produtos nos seguintes.
Em 1929, com o estabelecimento da linha de elétricos que ligava os Restauradores a Carnide, o acesso ficou mais fácil e foi estabelecido um novo calendário, prolongando-se a feira desde o primeiro sábado até ao último domingo de setembro.
Desde 1992 a Junta de Freguesia de Carnide alia-se culturalmente às festividades da Feira da Luz que, em setembro, culminam com a Procissão da Nossa Senhora da Luz.
A Feira da Luz é, atualmente, organizada pela Junta de Freguesia de Carnide.”



Feira da Luz no início do Século XX   
  

 (fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa)


Igreja da Luz




















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