Ontem
foi dia de visitar a Feira da Luz com a Mãe.
É
tradição. Todos os anos visito pelo menos duas vezes a Feira da
Luz. Uma com os amigos, para uma volta no carrossel que tanto nos
diverte e para uma fartura e, acima de tudo, para sabermos das vidas
uns dos outros, para nos rirmos e celebrar mais um ano de amizade e
cumplicidade entre todos.
Outra
visita é com a Mãe. Aí sim, os barros são vistos com atenção,
os panos para a cozinha escrutinados até ao último bordado, as
flores apreciadas e seleccionadas consoante as cores e os perfumes…
as escolhas das colheres de pau, dos pratos e das tigelas que “nunca
são demais!” demoram tempos eternos… no fim, uma fartura na
“Família Gomes”, as preferidas da Mãe!
Do
que mais gosto é das conversas a duas. Das memórias de outros
tempos. Das espadas de plástico que o meu irmão sempre queria, dos
carrinhos de choque, das voltas no carrossel. De quando a minha Mãe
tinha que ligar ao meu Pai para nos ir buscar porque as compras eram
muitas...
Gosto.
Gosto muito das idas à Feira da Luz com a minha Mãe. E com os
amigos também, claro está!
Para
quem não conhece fica aqui um pouco da história da Feira e se
quiserem podem ainda visitá-la até dia 25 de Setembro, no Jardim da
Luz, em Carnide, Lisboa.
“Ligada à tradicional romaria que se realizava anualmente, em
setembro, no Santuário da Nossa Senhora da Luz, a feira era
complemento das festividades religiosas que duravam vários dias,
atraindo numerosos forasteiros da capital e arredores. Embora se
possa considerar tão antiga como o próprio culto e remonte,
certamente, à Idade Média, foi durante os séculos XVI e XVII que
começou a adquirir maior projeção.
No início, a feira surgiu integrada nas festividades religiosas,
com barracas de comes e bebes, vendedores de medalhas, registos de
santos, rosários e objetos religiosos. Pouco a pouco, foi-se
ampliando e surgiram os louceiros, vendedores de fruta, cesteiros e,
por último, os negociantes de gado. Chegou a realizar-se uma feira
de gado, quinzenalmente, no segundo domingo de cada mês, mas a feira
anual era o grande atrativo para os negociantes de cavalos e de gado
vacum. Em 1881, por regulamento camarário (na altura, Câmara de
Belém), a feira passou de três para cinco dias com o mercado de
gado de 8 a 11 de setembro e os restantes produtos nos seguintes.
Em 1929, com o estabelecimento da linha de elétricos que ligava
os Restauradores a Carnide, o acesso ficou mais fácil e foi
estabelecido um novo calendário, prolongando-se a feira desde o
primeiro sábado até ao último domingo de setembro.
Desde 1992 a Junta de Freguesia de Carnide alia-se culturalmente
às festividades da Feira da Luz que, em setembro, culminam com a
Procissão da Nossa Senhora da Luz.
A Feira da Luz é, atualmente, organizada pela Junta de Freguesia
de Carnide.”
Feira da Luz no início do Século XX |
(fotografia do Arquivo Municipal de Lisboa)
Igreja da Luz |
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